domingo, 27 de setembro de 2020

Gerês, recordando e vivendo

 


Sete sucessivos anos nos levaram a passar férias, com os nossos filhos ainda crianças  depois adolescentes, no Parque Natural Peneda do Gerês. Uma vez descoberto não mais  largámos esta maravilha da Natureza, uma verdadeira joia em estado bruto, numa altura  que ainda era pouco explorado pelo turismo. E se o turismo é bom e faz muita falta,  a verdade é que tem também a outra face da moeda....e assim,  aquele pedaço de paraíso, para nós, deixou de o ser devido à ausência de sossego e paz que nos transmitia.

 Porém após uma longa pausa, no ano de 2014, resolvemos regressar, desta vez só nós dois , escolhemos o mês de  Janeiro, fora de época de férias. E foi tão bom rever lugares que nos traziam tão boas recordações. 

Dispúnhamos de três dias para revisitar o que costumávamos ver em quase um mês, era preciso optimizar o tempo.  Demos inicio ao nosso passeio no dia 29 de madrugada, quando o dia nascia já  nos encontrávamos distantes do nosso lar e por volta das 11h da manhã já me encontrava a fotografar as lindas paisagens  da Serra do Gerês.  Esta encontrava-se polvilhada de neve e o frio não se fazia de rogado, mas nada que nos impediu de desfrutar da  nossa viagem. 




Seguimos o curso de água,  descobrimos Marcos Miliários,  além dos que já conhecíamos, as arvores vestidas de musgo espreguiçavam-se no solo e  nós caminhando ao nosso passo tínhamos a Serra só para nós







Que saudade de fotografar assim... 

Subimos ao Miradouro da Pedra Bela, Fomos á Cascata do Arado e recordei os banhos de Verão numa tarde de neblina mágica... e a noite chegou.... 





O dia seguinte amanheceu alvo de neve, adoramos a Natureza seja qual for o seu estado e deliciados partimos em direcção a Pitões das Júnias com o intuito de rever e fotografar o Mosteiro  de Santa Maria das Júnias, do séc. IX.  Crê-se que o mesmo tenha sido fundando por treze monges e destinava-se a albergar frades Beneditos. No séc. XII foi entregue à ordem de Cister e desde 1834, altura que coincide com extinção das ordens religiosas em Portugal, encontra-se em estado de total abandono,  tendo resistido a um  grande incendio, que o destruiu quase por completo. Apesar do passar dos anos ainda é possivel  observar um bonito portal românico e um retábulo seiscentista na Capela Mor.







De seguida demos um saltinho aos Passadiços de Sistelo, o tempo estava invernoso de acordo com a estação e o passeio deste dia terminou por aqui.




Ao terceiro dia o céu continuava carregado de nuvens mas o sol brilhou para nós. Dedicamos esse dia a visitar o Castelo de Lindoso e o seu lindo campo de Espigueiros. Demos um saltinho ao Rio Caldo na Portela do Homem, já do lado espanhol onde as aguas termais quentinhas faziam as delícias do Artur mesmo nos dias de Verão.
Os dias passaram, decerto, depressa, como sempre que estamos felizes. Hoje fui feliz ao recorda-los. 













 


2 comentários:

  1. Visitar o Gerês dessa maneira é cansativo, mas é um mergulho reconfortante na pureza das paisagens.
    Excelentes fotos, acho que nunca vi um conjunto tão bom do Gerês.
    Bom fim de semana, querida amiga Ana.
    Beijo.

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    1. Verdade amigo Jaime, um pouco cansativo, mas eu sou hiperativa (sério) e o meu marido não o sendo tb me acompanha sem dificuldade... acordamos antes das galinhas se preciso for porque ambos temos ansia de ver mundo e viver.
      Obrigada pela visita e comentário.
      Beijinho e bom feriado.

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