domingo, 8 de agosto de 2021

Branda de Santo António


Quando viajamos para um lugar desconhecido, nunca sabemos o que esperar  e é exatamente esse ponto que confere a felicidade do momento.


Na freguesia de Riba de Mouro em Vale de Poldros, a 1100 metros de altitude, existe uma aldeia de montanha conhecida como Branda de Santo António. 



Por volta de 1990 os últimos habitantes desta povoação, um casal de Brandeiros acabou por se render á solidão deixando o local conhecido hoje como a "Aldeia dos Hobbits".  

Após algum tempo, este local voltou a ter vida. O Sr. Fernando Gonçalves, único habitante e proprietário do restaurante local, instalou-se na Branda e por incrível que pareça este lugar "abandonado" enche o restaurante ao fds, sobretudo no mês de Agosto. Com a divulgação da Branda, o turismo começou a surgir, quer pela curiosidade de conhecer a pequena aldeia ou simplesmente para um almoço tradicional. Hoje, existe até um alojamento local. Porém quando a visitámos, esta encontrava-se vazia. 





Uma Branda (aldeia sazonal) é um lugar de montanha usado pelos pastores e o seu gado nos meses de temperatura mais elevada com o intuito de proporcionar o melhor pasto aos seus animais.

De origens remotas, provavelmente da idade média, de construção rudimentar, possuem uma planta quadrada ou retangular. São construídas em alvenaria sem argamassa e  lages de xisto, servem de estrutura às portas. O telhado cônico é construído em filadas de xisto criando uma falsa cúpula,  sendo a mesma coberta por terra dando origem ao crescimento de vegetação que acaba por ter a função de impermeabilização. Um trabalho não de engenharia ou arquitectura mas sim de grande mestria popular. As primeiras construções eram apenas de um piso, posteriormente foram contruídas as de dois andares onde o piso inferior seria para o gado e o superior para o pastor.     









Este tipo de construções tem o nome de Cardenhas



       


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Anta da Barrosa

 


A tarde estava quente e de manhã tínhamos feito um percurso pedestre que me deixara cansada. Percorríamos a estrada lentamente observando as indicações turísticas em busca do que visitar e eis que do nada, numa estrada principal,  nos aparece uma  placa onde se lia " Anta da Barrosa", estávamos no meio da R. Miguel Bombarda em Vila Praia de Âncora com prédios de ambos os lados. Um pouco incrédulos, por estarmos habituados a encontrar este tipo de monumentos megalíticos em terrenos descampados,  estacionámos o carro e eis que dentro de uma zona bem cuidada e murada avistamos a Anta da Barrosa  também conhecida como Dólmen da Barrosa ou ainda Lapa dos Mouros. Entrámos e encontramo-la perfeitamente conservada. Nada indica que por este conjunto de pedras erectas que sustentam o "tecto" e abrigavam  ilustres defuntos, tenham  passado milhares de anos de cultura e  historia.  Tento imaginar quantos braços terão sido necessários para a construção deste "templo"... uma obra de engenharia sem engenheiros, terá sido o inicio da religião? Estas perguntas ás quais não sei responder é que me impulsionam  a visitar lugares como este que sem dúvida, foram o inicio do rumo à civilização.

Um pouco da sua história: Texto adaptado do site "Visitar Portugal" 

Foi descoberta no anos de 1910 e logo declarada Monumento Nacional, Pressupõe-se que seja datada do ano 2000 a 1700 aC. (Idade do Bronze). Trata-se de uma câmera poligonal de consideráveis dimensões formada por oito esteios e uma lage a fazer de cobertura. Foram encontrados vestígios da época romana entre o séc I e II dC.  

 Portugal tem alguns dos Monumentos Megalíticos mais antigos da Europa.