Nada nos faria pensar, no nosso inculto desconhecimento, que estas montanhas guardavam uma historia de guerra tão intensa...
Fotográfo os textos de Emile Chanoux, leio nas entre linhas e é quanto baste para perceber que muitas vidas caíram por terra no Valle de Aosta ...
Insisto permanecer na obscuridade ... não posso, não quero, que nada dissipe minha felicidade.
Contudo não consigo deixar de observar, como um texto escrito há tantos anos continua tão actual... É tristemente absurdo, chega a ser bizarro como o homem continua cometendo tanta atrocidade.
Num mundo onde o fraco é massacrado simplesmente por ser mais fraco, ou diferente... temo que venham a existir mais monumentos desta natureza...
Émile Chanoux (Valsavarenche, Vale de Aosta, 9 de janeiro de 1906-18 de maio de 1944) foi um político italiano assassinado pela milícia fascista.[1]
Jovem estudante de direito, Chanoux torna-se vice-presidente da "Jeune Vallée d'Aoste", um movimento que visava a defesa da identidade valdostana, inluindo a sua autonomia histórica e a sua língua, o "valdostano", uma variedade local da língua francoprovençal. A 19 de dezembro de 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, ele encontra-se com representantes das populações francófonas do Piemonte, na cidade de Chivasso, onde foi assinada uma declaração que proclama os direitos, culturais, políticos e económicos daqueles povos.
Para Chanoux, os problemas das regiões com minorias étnicas só podem ser resolvidos dentro de um quadro de federalismo. Sobre este assunto, ele publica clandestinamente, durante a Resistência italiana, o livro "Federalismo e autonomie", além do "Delle minoranze etniche nel diritto internazionale" ("Sobre as minorias étnicas à luz do direito internacional").
A 18 de maio de 1944 ele é preso pela milícia fascista e submetido a torturas que, provavelmente terão provocado a sua morte naquela noite.
Wikipédia
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Chegámos a Vaude / Ollomont por volta das 9 horas da manhã sem grande informação, apenas o conhecimento de uma cascata rodeada de montanhas.
A falta de informação não era entrave o que não falta na zona alpina é trilhos a percorrer. Estacionámos o carro e embrenha-mo-nos por um prado verdejante no sopé da montanha e partimos há aventura.
Uma placa em madeira informava a direcção da cascata por um caminho limitado por um cercado em madeira criando o grafismo muito fotogénico.
Ao longe avistavas-se a ultima queda de água da cascata, decidimos prosseguir afim de encontrar o seu inicio .
Encontrámos alguns caminhantes e é sempre como se já nos conhecêssemos, ninguém se cruza sem dar, no mínimo, a saudação, seja em que idioma for... sem dúvida que a serenidade da natureza reforça os laços com as pessoas e com a vida...
Esta senhora, com os seus setenta anos e com quem trocámos algumas palavras, caminhava totalmente só, determinada e com a felicidade estampada no rosto.
Fez-me desejar viver assim... a Natureza é vida !
Fotografando a crista da fronteira entre Itália e Suiça
Lago Py
Capela e Refúgio Bivacco Savoie
A Suiça para lá das montanhas
Dávamos aqui esta caminhada por terminada. O regresso foi efectuado pelo mesmo caminho.
Que beleza de lugar com registos maravilhosos, adorei ver!
ResponderEliminarObrigada Noémia. São de facto lugares lindos. Beijinho
EliminarEncontrámos alguns caminhantes...ninguém se cruza sem dar, no mínimo, a saudação, seja em que idioma for...sem dúvida que a serenidade da natureza reforça os laços com as pessoas e com a vida...
ResponderEliminarPegando nesta tua frase
posso dizer-te que... não é só na natureza que isso acontece, nem só nas caminhadas!!!
Como não posso fazer esse género de férias nem sequer caminhadas
do modo que faço as minhas férias, isso também "acontece"
Porque quem tem espírito de "Viajante" SENTE o outro de forma diferente!
No meio de uma grande cidade isso acontece!
Agora, andei pelas "Pousadas da Juventude" e isso também "acontece"!!!
Há o espírito "alberguista" que é fabuloso.
Quando se quer e, principalmente se SENTE, os laços com as pessoas e com a vida reforçam-se...
Eu já andei pela Suiça, mas vi com outros olhos, mesmo vendo as belíssimas montanhas também.
O MUNDO É BELO
sim, pode-se dizer que sim
MAS; são os nossos olhos, o NOSSO OLHAR que vê a Beleza das coisas.
Ah...essa é uma grande verdade:
Num mundo onde o fraco é massacrado simplesmente por ser mais fraco, ou diferente...
(sinto isso na pele).
Vou aguardar mais imagens da tua bela viagem.
Obrigada Tulipa pelas tuas palavras.
EliminarEm breve postarei outro e em breve tb, visito os teus blogs.
Boa noite. Beijinho