domingo, 9 de abril de 2017

Passadiço da Praia de Alamal

  Por vezes, quando desejamos surpreender alguém acabamos sendo surpreendidos ...  foi o que sucedeu ao meu marido que, com todo o carinho me preparava uma bela caminhada pela natureza.  PR1 " Arribas do Tejo " na  Vila Medieval de Belver,
  Contudo, chegados ao local depará-mo-nos com a informação que se pode ler neste placar .



  Tudo parecia correr mal neste dia.
   Eu, logo de manhã tinha quebrado um filtro Big Stoper, um acessório indispensável para  a prática do meu tema fotográfico preferido.
   Acordáramos cedo, percorremos cerca de 200 kms  e o percurso encontrava-se interrompido.
  Que fazer ?  Perder a viagem, ou encontrar uma
alternativa ?  A questão nem se colocava... a vida é curta demais para se perder tempo e... lá vamos nós, juntos, desfrutar o que a Mãe Natureza tem para nos ofertar.


  Já agora deixo a informação  que obtive junto de uma simpática Sra. que vendia bolos e pão,  de porta em porta, de  aldeia em  aldeia e a quem comprei um bolo finto de mel e erva doce que é uma delícia.

   A  abertura do percurso está prevista para o mês de Junho.


   Ignorámos assim a placa informativa, decididos a descobrir até onde o caminho nos levava.   Iniciando o percurso no largo Luís de Camões. Ao longo do caminho somos presenteados com Arte na Pedra. Uma exposição de figuras esculpidas no muro que ladeia o caminho.



Um olhar para trás e lá está ele imponente, o belo Castelo medieval  e o casario a seus pés.

 Percorrendo o caminho  da Fonte Velha, encontramos um convidativo parque de merendas


As giestas são rainhas neste espaço de encantar

Chegamos à Fonte Velha

As pedras desgastadas pelo tempo guardam  historias das gentes de Belver. quanta criançada se terá banhado neste "tanque " quanta jura de amor, terá sido ouvida pelas águas que correram em tempos idos nesta fonte,  quanta historia perdida no tempo ... Da fonte nada se sabe, carece, quanto a mim, alguma informação extra a fim do caminheiro mais sonhador, tal eu, não se colocar a divagar e, ao mais distraído, a mesma não passar despercebida.
 É linda a fonte, hoje seca... carece de água e informação

A paisagem cativa-nos a  cada olhar.
 Olhamos, vimos e Sentimos  a Natureza na sua verdadeira dimensão.

Lá em baixo, aconchegado pela natureza, espreguiça-se o Rio Tejo  e no alto, o Castelo impõe o seu tempo de reinado...

 Quando se passeia sem a lição preparada e sobretudo quando se ignora as informações locais... nem sempre o "final " é feliz... Encontrámos  o  Núcleo Museológico encerrado para almoço... falta de pesquisa   :)
 E lá estava ela, a ponte, encerrada a bloquear-nos o caminho...  um cão ladrava incessantemente na habitação ao lado, uma voz de homem dava-lhe ordens que  se calasse,  mas não se via viva alma, sabia-se ali estarem,  mas apenas os escutávamos...
  À  nossa frente uma estrada parecia conduzir-nos a Belver.. mas a incerteza  fazia-nos ponderar. Retornar a percorrer,  à torreira do sol, os kms terminados de caminhar ou seguir a estrada de asfalto que tudo indicava levar à Vila de Belver  ? ...
   De súbito surge  a  padeira  que com toda a simpatia nos explicou como desfrutar de outra parte do percurso, nunca fazendo o percurso na sua totalidade...  esse terá de esperar até ao concluir das obras

Assim fizemos. seguimos asfalto e eis-nos em Belver, que que "belo ver" se avista do Miradouro do Outeirinho 
 De volta ao carro, directos  à aldeia de  Alamal onde  o Passadiço espera pelos caminheiros , fazendo uma ou outra paragem obrigatória. 
Um caminho de silêncios pleno de historia e aromas campestres....

Barragem de Ortiga _ Belver 

 Praia Fluvial de Alamal, um lugar de descanso, lazer e caminhada...

Sobre as águas do Tejo,  um extenso passadiço, bordejado por um frondoso arvoredo convida a uma pequena caminhada. Lamentavelmente faltam infraestruturas para pessoas de mobilidade reduzida, devido a alguns degraus que o passadiço apresenta. 

Quando o homem respeita a Natureza ___________    Quando a natureza reclama o seu lugar ______

Reinava a paz as águas corriam vagarosamente... o dia findava... poderia-se chamar sem dúvida  um dia de " Boa Vida " tal o nome da embarcação que descansava no areal

Bandos de patos  reais faziam corridas esvoaçando num vai e vem difícil de acompanhar

A hora dourada aproximava-se e o sol brincava com a lua às escondidas, escondendo-se por detrás das montanhas...
 Eu brincava com o sol, fazendo Lens flars
Terminava assim mais um dia, daqueles em que o tempo corre ao sabor das cores, dos cheiros, dos olhares... um tempo de silêncio e serenidade... um tempo de  agradecer o privilégio de viver...

Tempo de promessas ... Tempo de um dia regressar ....

2 comentários:

  1. Que belo passeio ! Adorei a reportagem fotografica e as informações!!

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    1. Obrigada amiga. Um lugar que concelho a visitar, mesmo sem fazer o percurso. Beijinho grande

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