terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Santuário de Nossa Senhora de Chilla

Trata-se de uma pequena ermida que se situa no sopé da Serra de Gredos, junto ao maciço central; chega-se à mesma, por uma estrada serpenteada rural, cerca de 7km que parte de Candeleda, na saída da localidade a caminho da província de Cáceres. As festividades que comemoram este evento são tradicionalmente realizadas no segundo e terceiro domingo de setembro, sendo este último chamado de festivais de vela. Os atos religiosos consistem numa peregrinação e uma missa com procissão. Uma vez concluído o ato eucarístico, são feitas oferendas à Virgem de Nossa Senhora de Chilla; No passado, eram doados produtos agrícolas e pecuários, mas hoje a oferta é geralmente de natureza monetária. O ato termina com o retorno da imagem ao eremitério. Todos os anos, o afluxo de público é massivo. Os eventos seculares e outros eventos musicais, culturais e recreativos são realizados à tarde e à noite nas praças e ruas de Candeleda. A devoção à Virgem de Chilla, padroeira de Candeleda e Gredos, não é exclusiva da cidade de Ávila, já que o número de seus devotos se espalham por todo o vale do Tiétar e até mesmo no interior de Talavera. A peregrinação parte, às nove da manhã, da aldeia para o eremitério; lá, ao meio-dia, a imagem da Virgem é levada em procissão para uma esplanada isolada, à sombra de castanheiros, onde é celebrada uma missa solene presidindo a imagem da Virgem do lugar onde a esta apareceu. ao pastor de cabras Finardo.
A Ermita del Santuario de Nuestra Senôra de Chila, começou a ser construída no início do séc. XIV e ficou concluída no séc. XVII. Conta a lenda que um pastor de nome, Finardo, cuja uma cabra havia morrido, em plena dor, e Finardo com medo do patrão, invocou a Virgem que lhe apareceu e o recompensou com a ressurreição do animal. O povo de Candeleda ergueu com gratidão a ermida em memória de um momento tão extraordinário.
Freixo da Virgem de Chilla no lugar da aparição

domingo, 12 de janeiro de 2025

Serra de Montejunto

Conhecida por “Mirante da Estremadura”, a Serra de Montejunto é uma varanda para o mar com aroma a alecrim a uma hora de distância de Lisboa. Bafejada pelos ventos atlânticos, a Serra de Montejunto é uma montanha de duas faces. É fria e húmida a norte e noroeste, e quente e seca a sudeste. Esta dualidade climática origina dois ecossistemas distintos, cuja riqueza e diversidade da fauna ganhou proteção especial em 1999, através da criação da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto. Nas encostas a nordeste, a humidade dos bosques de carvalhos e loureiros convidam anfíbios como a salamandra lusitana a fazer daquele o seu habitat. É também nesta região que vive a Estrelinha-real, a ave mais pequena da Europa. É na serra de Montejunto que podemos visitar a Real Fábrica do Gelo, não a visitámos, ficará para uma próxima, preferimos fazer uma exceletne caminhada onde não nos cruzamos com viv'alma o dia inteiro. Foi um dia muito bem passado.
O grafismos das vinhas

sábado, 11 de janeiro de 2025

Cidade Romana de Cáparra - Cáceres

Ruínas Romanas de Cáparra, Cidade imperial Cáceres conta entre os seus tesouros inúmeros vestígios do seu esplendor da época romana. Entre eles, destacam-se as ruínas romanos de Cáparra, que encontramos na região de Tierras de Granadilla, a norte da província de Cáceres, entre a área municipal de Oliva de Plasencia e Guijo de Granadilla. O elemento mais representativo desta antiga cidade romana é o seu arco tetrapylum (tetrapilone) ou quadrifronte, isto é, com quatro portas. Arco que podemos encontrar no centro da cidade, atravessado pela estrada romana Via da Prata. Este arco é o único do seu género na Península Ibérica.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Entre Serra e Rios

 




Para matarmos saudade da montanha, rumámos à Estremadura Espanhola. A Serra de Gredos oferece um ambiente agreste de montanha combinado com a placidez das águas cristalinas dos rios que a serpenteiam. E para matar  saudade nada como uma caminhada apreciando toda a beleza que a Natureza sempre nos brinda.  Gostaria de ter feito uma caminhada, como antigamente, de alta montanha, mas por precaução decidimos ficar pelo sopé e não nos sentimos frustrados, de modo algum. Se no alto de uma montanha me sinto tão segura e livre como em nenhum outro lugar, nas suas orlas senti-me abençoada e imensamente privilegiada. Por companhia, tivemos airosos seres alados que esvoaçavam numa liberdade invejável, de flor em flor, o solo repleto de rosmaninho, dentes-de-leão, orquídeas selvagens, tomilho e alecrim soltavam um odor inebriante.  Pinheiros, cerejeiras, oliveiras, castanheiros e tantas árvores mais,  regalaram-nos sem permuta a sua sombra. Mais á frente e porque gostamos de pisar o risco, arriscámos por outros caminhos que nos acabou por nos conduzir a um novo percurso. Aqui, fruímos da companhia do rio que deslizava suavemente para de quando em vez se deixar escorregar pelas polidas pedras formando lindas cascatas. Chegada a hora do regresso dirigimo-nos para o carro, cujo paradeiro estava um pouco confuso nas nossas mentes, valeu-nos o gps. Caminhando pelo asfalto eis-nos  de volta ao nosso aconchego, sentindo-nos felizes e afortunados. É este o sabor e o equilíbrio de mente e corpo, quando  estamos em comunhão com a Natureza.